A investida do STF em aumentar o próprio salário em 18% custará R$ 4,6 bilhões por ano e poderá alcançar R$ 10 bilhões para ajustar o funcionalismo ao novo teto.
O Brasil tem renovado seus recordes quando o assunto é farra com o dinheiro público. Na esteira do populismo fiscal do governo Bolsonaro, com seus auxílios e vouchers a torto e a direito em ano eleitoral, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reajustar em 18% os próprios salários e as remunerações terá impacto de R$ 1,8 bilhão em 2023, quando o aumento será pago de forma escalonada. A partir de 2024, valendo para o ano todo, o custo será de R$ 5,5 bilhões e de R$ 6,3 bilhões em 2025. A estimativa é da Instituição Fiscal Independente (IFI). Com o efeito cascata de reajuste dos outros braços do funcionalismo, o impacto pode chegar a R$ 10 bilhões. Se aprovado pelo Congresso, o autorreajuste eleva de R$ 39.293 para R$ 46.366 os salários de ministros da Corte e o teto do funcionalismo.
Pelas contas do Siga Brasil, sistema de informações sobre orçamento público federal, em 2021 foram gastos R$ 34,8 bilhões com o pagamento de remunerações e encargos no Poder Judiciário. Com o aumento de 18%, o Brasil alcançará a cifra de R$ 41,1 bilhões de despesa anual, aumento de R$ 6,3 bilhões.
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